CT da <i>CGD</i> rejeita cortes nos salários
As medidas que o Governo e o PSD incluíram no Orçamento do Estado, a serem aplicadas na Caixa Geral de Depósitos, vão conduzir à destruição desta, avisou a Comissão de Trabalhadores da CGD, que no dia 2, quinta-feira, entregou a um assessor de José Sócrates um abaixo-assinado com mais de sete mil nomes. «Como é possível gerir um grupo financeiro com cerca de 900 balcões, sem que possa haver nomeações de gerentes, sub-gerentes, gestores de clientes» - questionou Palmira Areal. A coordenadora da CT referiu ainda ao Avante! que, na reunião com Artur Penedos, foi reafirmada a rejeição da redução dos salários, até porque «há mais onde fazer poupanças».
Dirigidos ao primeiro-ministro, ficaram ainda em São Bento outros recados dos representantes dos trabalhadores da Caixa: a adesão de cerca de 60 por cento à greve geral, provocando o encerramento de 45 por cento das agências e perturbações em muitas outras, expressou um grande sentimento de revolta; com aquelas medidas, o Governo atropela a contratação colectiva negociada e desrespeita também a administração da CGD, na medida em que interfere directamente na gestão.
Na reunião estiveram igualmente representadas as comissões de trabalhadores de outras empresas do Grupo CGD, como a Fidelidade Mundial, a Império Bonança e a Cares.